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A Dedini S/A Indústrias de Base e a DeSmet Ballestra forneceram toda a tecnologia e os equipamentos para a construção da primeira usina de biodiesel movida a sebo bovino do Brasil e a maior do gênero no mundo, a Bertin Biodiesel. A unidade será inaugurada hoje, na cidade de Lins (SP), às 9 h, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, acompanha o presidente. A usina tem capacidade para produzir 110 milhões de litros de biodiesel por ano, ou 14% da mistura de 2% do biodiesel ao óleo diesel, chamada B2, obrigatória a partir de 2008.

A Dedini desenvolveu e forneceu os equipamentos e coordenou a implantação da usina, que é totalmente automatizada, garantindo uma alta eficiência de conversão do sebo em combustível, baixa geração de efluentes, produção de subprodutos com qualidade comercial e, conseqüente, baixo custo operacional. O desenvolvimento de toda engenharia de processo é da empresa italiana DeSmet Ballestra Oleo, cabendo à Dedini a engenharia básica e de detalhamento, a fabricação, a montagem e a posta em marcha da planta.

“A Dedini tem mais uma grande oportunidade de dar mais essa contribuição para o desenvolvimento do Programa Nacional de Uso do Biodiesel. Sendo essa a maior usina de biodisel do mundo a usar sebo bovino como matéria-prima, a Dedini sente-se honrada em participar de um momento de interesse mundial pelos combustíveis renováveis”, disse o vice-presidente de tecnologia e desenvolvimento da Dedini Indústrias de Base, José Luiz Olivério.

Ele também lembra que a presença do presidente reforça essa contribuição da Dedini com os combustíveis renováveis e mostra o comprometimento e a priorização do governo brasileiro com a área de bioenergia.

Olivério informa que neste momento a Dedini está executando seis plantas de biodiesel, todas de grande porte, com capacidade para produzir acima de 110 milhões de litros por ano, duas delas com capacidade para mais de 220 milhões de litros. Os clientes são todos brasileiros e estão iniciando na área de biodiesel. O tempo de execução das plantas varia de 12 a 14 meses e duas serão entregues ainda este ano. Também estão em andamento negociações para a venda de uma usina para a Europa.

A Dedini Indústrias de Base fornece plantas e unidades completas, peças, componentes, equipamentos e serviços para diversos segmentos de mercado. Com sede em Piracicaba e unidades em Sertãozinho (SP), Maceió (AL) e Recife (PE), o grupo foi fundado há 86 anos e é líder mundial no fornecimento de equipamentos e plantas completas para o setor sucroalcooleiro.

Atualmente, as destilarias projetadas e montadas pela Dedini são responsáveis por 80% da produção nacional de álcool e cerca de 25% da produção mundial. Na área de plantas de biodiesel tem participado fortemente, apresentando atualmente 80% do market-share dos fornecimentos de plantas com capacidade de 50 mil litros/ano.

A equipe de profissionais da empresa está capacitada a oferecer serviços variados, como estudos de viabilidade, avaliações iniciais de processo, projetos de engenharia, fabricação de equipamentos, supervisão de montagens, montagem e instalação de indústrias em diversas áreas: açúcar e etanol; alimentos, sucos e bebidas; biodiesel; celulose e papel; cervejarias; cimento; energia e cogeração; fertilizantes; hidroelétricas; mineração e metalurgia; petróleo, gás e petroquímica; química; siderurgia e tratamento de efluentes.

A Dedini emprega hoje cerca de 4.700 funcionários e tem faturamento previsto em 2007 de R$ 1,7 bilhão.

BERTIN – Atento aos inúmeros benefícios que matrizes energéticas alternativas trazem ao panorama econômico, social e ambiental, o Grupo Bertin acredita no biodiesel e utiliza como matéria-prima principal o sebo bovino, podendo ainda utilizar oleaginosas no processo. A intenção é suprir a demanda nacional, estudar oportunidades de exportação, gerar emprego e renda e promover o desenvolvimento sustentável, com medidas como a redução da emissão de poluentes e o ganho em créditos de carbono.

O Grupo Bertin utilizará como matéria-prima de produção do combustível o sebo bovino de seus frigoríficos e ainda metanol de petróleo, no processo de transformação chamado rota metílica. Os investimentos na usina chegam a R$ 40 milhões, R$ 14 milhões financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

De acordo com o Grupo Bertin, a produção será utilizada para consumo próprio e também na comercialização para abastecimento do mercado.

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