Área Restrita Carreiras

Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba e Região, do Curso Senai e do Grupo Dedini assinaram ontem um convênio para a contratação de 54 aprendizes caldeireiros. Os jovens terão um salário-base de R$ 706 (que será pago proporcionalmente à jornada mensal) e trabalharão meio-período na Dedini, com a obrigação de dedicarem a outra metade do dia ao aprendizado da função na unidade do Senai da Vila Rezende.

Do total de aprendizes atingidos pelo convênio assinado ontem, 26 já trabalham na empresa desde o dia 5 deste mês. Outros 28 estão em processo de seleção. O diretor do Senai, José Carlos Sgnoretti da Silva, informou que cerca de 130 jovens se candidataram às 28 vagas a serem preenchidas. “Essa nova turma começa a trabalhar em agosto”, informou José Carlos. Todos os contratos têm validade de dois anos, que é o tempo de duração do curso de caldeiraria do Senai.

O estudante César Henrique Ferreira de Camargo, de 20 anos, foi um dos aprendizes contratados pela Dedini graças ao convênio. Ele conta que este é seu primeiro emprego e aprova: “Antes eu apenas estudava, mas, agora, tenho a possibilidade de aprender na prática o que vejo no curso”. Para César, além do salário que servirá para “ajudar em casa”, o mais importante “é a oportunidade de ingressar numa empresa de grande porte com uma profissão definida”, comentou.

Os benefícios não são apenas para os contratados. O presidente do Grupo Dedini, Tarcísio Ângelo Mascarim, o convênio representa uma facilidade para a empresa contratar “uma mão-de-obra especializada que está em escassez no mercado local”, diz. Segundo Mascarim, que também preside o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas (Simespi), a região está “muito carente” de profissionais para o setor metal-mecânico.

META

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, José Luiz Ribeiro, o acordo firmado ontem é “o primeiro de uma série de muitos”. Ele informa que a meta do sindicato é que, ainda em 2007, sejam contratados ao menos 200 jovens aprendizes. “Acreditamos que o crescimento dos setores sucroalcooleiro e metal-mecânico trará muitos empregos nas áreas industriais. Tenho certeza de que se houvesse 300 técnicos especializados em caldeiraria, moldadores e outras áreas, haveria emprego garantido para boa parte deles”, afirmou José Luiz.

BOX:

Número de jovens no mercado

passou de 29 mil para 44 mil

As empresas brasileiras têm empregado mais jovens aprendizes com contratos formais. O número de inserção de adolescentes no mercado aumentou de 29.605, em 2005, para 44.049, em 2006, de acordo com informações do Ministério do Trabalho e Emprego.

A Lei do Aprendiz, sancionada em 2000, obriga as empresas (exceto micro e pequenas) a contratar jovens na proporção de 5% a 15% do total de trabalhadores do estabelecimento. Os jovens devem ter entre 14 e 24 anos, freqüentar a escola, caso não tenham terminado o ensino fundamental, ou estar inscritos em programas desenvolvidos por instituições de aprendizagem.

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